Hoje pela manhã, paralisei meus estudos às 10:00h da manhã mais ou menos, e como estou de férias, fui eleito para ser cozinheiro um pouquinho aqui em casa. Não sei se trabalho mais no serviço ou em casa, 03 filhos = muito trabalho ... kkkk
No meu exercício de cozinheiro eventual, peguei um dente de alho e fui socá-lo no dito popular da coisa. O interessante é que toda vez que vou fazer a mesma tarefa uma pessoa vem em meus pensamentos. E sempre analiso esta situação. Esta pessoa nem foi muito meu "amigo", muito "chegado" como costumam dizer por aí, foi uma pessoa que trabalhou comigo há alguns anos atrás.
Estávamos em nosso ambiente de serviço, e neste ambiente fazíamos nossa própria refeição, em um fogãozinho de 04 bocas caidinho, mas funcionava. E esta pessoa era um ótimo "cozinheiro" e deixávamos ele de frente (Não queria comer algo queimado ou salgado igual bacalhau então.... kkkk) e nós humildes curiosos da cozinha virávamos seus auxiliares. Ele pediu para que eu pegasse um dente de alho e socasse em uma panela para que ele pudesse dorá-lo e depois fazer o arroz.
Bom, eu como bom ajudante fiz o que ele me pediu. Comecei a socar o alho dentro da panela, e então disse a ele terminei. Ele observou alho na panela e disse: Está muito grande, muitos pedaços pequenos entre os grandes, você não fez direito, deixe eu te mostrar, observe, tem que ficar bem moído, para o gosto do alho entrar no arroz quando formos dorá-los, primeiro o alho e depois o arroz lavado em seguida, e introduzido no alho já dorado. Viu só assim está melhor.
Naquele momento achei aquilo interessante, porém não valorizei muito e passou-se os anos, e toda vez que eu ia fazer arroz em casa ou qualquer lugar eu lembrava deste ensinamento e mesmo que já tivesse socado o alho eu voltava para ver se estava bem feito.
Esta pessoa foi transferida para o Rio de janeiro e eu permaneci na Região dos Lagos, um tempo depois chegou-nos a notícia do falecimento desta pessoa, ainda muito jovem, foi muito triste sabermos do ocorrido.
E hoje aprendi lições com aquele gesto simples de ensino:
Que não devemos fazer as coisas com rapidez e nem aceitar o que vem a nós rápido e fácil demais.
Que ao fazermos alguma coisa devemos fazer como se estivéssemos fazendo a nós mesmos, ou seja, com dedicação, atenção, perfeição, amor, carinho, fazer bem feito de verdade.
Que ao fazermos devemos realmente analisar o feito e ponderarmos a nós mesmos: Eu fiz o melhor?
As nossas atitudes refletem o que realmente D´us é para nós, se somos egoístas, D´us para nós é só nosso, a nossa verdade, a nossa denominação, o nosso culto, a nossa oração, o nosso povo, etc...
Porém se somos humildes e simples de coração, compartilhamos, ouvimos, muitas vezes não concordaremos com nosso próximo, mas julgamos o ensino e não a pessoa, e D´us então age por nós, não para matar a mim ou a pessoa que não concordei, mas para trazer vida a mim e ela, da forma aprouver ao Eterno, fazendo sempre valer a Torah, os Profetas e o Messias de Israel.
Shalom!
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